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Prefeitura de Belém realiza audição para conhecer as necessidades do hip hop

Lideranças culturais que atuam no Movimento Hip Hop participaram de audição, realizada pela Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural de Belém (Fumbel). As audições foram planejadas para ouvir cada um dos vários segmentos culturais, com o objetivo de saber suas necessidades primárias, com a finalidade da gestão municipal viabilizar suporte às atividades que desenvolvem.

Esta é a segunda rodada de audição realizada na terça-feira, 29, na sala Vicente Sales, do Memorial dos Povos, em Nazaré. A primeira escuta envolveu os ativistas da tradicional Malhação de Judas, que ocorre no Sábado de Aleluia.

A presidenta da Fumbel, Inês Silveira, afirma que na atual gestão municipal a cultura tem total importância e é preciso ter um olhar mais precioso à população e aos fazedores e fazedoras de cultura.

‘‘Ouvir o segmento é tão importante, quanto fazer as ações, porque é uma construção conjunta, da gestão com o segmento, em especial com o hip hop. Nós tratamos sobre o credenciamento direcionado ao hip hop, o que não acontecia antes, mas que, agora, será dado início”, informa a titular da Fumbel.

Segundo ela, a ideia é desburocratizar esse credenciamento porque ser um segmento diferenciado e que inicia uma nova caminhada. “Conversamos também sobre um edital específico do hip hop, a partir da eleição da gestão do Conselho Municipal, bem como construir com o hip hop as ações. É esse fazer junto que a gestão visa caminhar de mão dadas com o segmento, no sentido de traçar, programar, de planejar a melhor ação com a participação dele, porque a ideia é conversar, ouvir’’.

Movimento Hip Hop –  Denomina-se como hip hop as batalhas de rima, de breaking, grafite, encontros de DJs, rappers e beatmakers, encontros como mutirões de grafite, reuniões em praças para troca de stickers (adesivos) e encontros de black books (encontros para assinar livros de desenhos).

“Pela primeira vez, uma Prefeitura atende a uma demanda do Movimento Hip Hop. Nós fomos ouvidos e isso vem acarretar para nós o livre acesso daquilo que é nosso por direito”, explica a organizadora da batalha de São Cristóvão, do bairro do Souza, May Sodré. 

Em Belém, assim como em outras cidades do mundo, o Movimento Hip Hop faz da periferia urbana seu locus de reprodução e matéria-prima para sua produção artística e atuação política. 

No ultimo dia 21, aconteceu um marco para o Movimento Hip Hop em Belém. O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, assinou o Decreto Municipal 106.650, que autoriza o uso de espaços públicos na cidade pelo movimento cultural do Hip Hop. A cerimônia, no Solar da Beira, contou com a presença de diversos artistas do Hip Hop de Belém.

O documento foi assinado em uma data simbólica, tendo em vista que a maior parte das pessoas que faz parte do movimento Hip Hop é formada jovens, negros e das periferias. É que 21 de março o mundo comemora o Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial. 

Texto:

Michel Jorge

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