Palacete Bolonha

O Palacete Bolonha.

O Museu Casa Francisco Bolonha está localizado na Av. Gov. José Malcher nº 295, está inserido no complexo “Memorial dos Povos”, um equipamento cultural pertencente a Prefeitura Municipal de Belém. Sendo para os pesquisadores da Arquitetura do período uma das mais representativas construções arquitetônicas do início do século XX. Foi a residência oficial do Engenheiro paraense Francisco Bolonha, homem muito atuante no início do século XX, que planejou e executou o referido projeto. Ocupou na Intendência de Antônio Lemos as funções de diretor do Departamento de Obras Públicas, Terras e Viação do Estado, além de ter sido responsável técnico pela construção de alguns dos prédios importantes desta época. A Construção do Palacete foi iniciada em 1904 e finalizada em 1909, sendo construído com os mais diversos materiais utilizados na época. Em estilo eclético, é possível encontrar no edifício, elementos art-noveau, neoclássicos, góticos e barrocos, sendo a cobertura feita à la masard, com telhas de ardósia. No caminho ao adentrar ao palacete, passa-se por portão em gradil elaborados, em estilo art-nouveau, no piso em Mosaicos, observa-se a inscrição em latim “cave canem” – “cuidado com o cão”.

A ornamentação nas fachadas usou o que estava à disposição nos catálogos de encomendas dos materiais de construção no início do século XX, um verdadeiro excesso de elementos, porém que faz dele o palacete do exagero decorativo, Vários recintos são revestidos por mármore e madeira de lei que causam deslumbramento, o mais decorados são a sala de Música que dedicou a sua esposa Alice tem Brink , que era  pianista, e fazia saraus para os amigos neste espaço. Mesmo criando ambientes exageradamente decoradas é possível observar a harmonia entre os elementos decorativos sendo o exemplo dos mais atraente dentre os palacetes “da borracha”.

Em 1938 depois da morte de Bolonha o palacete é vendido para família Armando Santos Chermont, que vende para família do Sr. Antonio Augusto Fonseca,  que vende para CODEM, companhia de Desenvolvimento de áreas metropolitana de Belém, cede no início da década de 1980 para a Secretaria de Cultura do Estado do Pará que faz o tombamento pelo DEPHAC em 1982. E o Prédio é retornado a Prefeitura de Belém em 1997.