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Museu de Arte de Belém promove ação educativa aos alunos da Apae

Uma das funções dos museus é proporcionar o conhecimento e divulgar a arte para todas as pessoas, sem exceção. Por isso, o Museu de Arte de Belém (Mabe) realiza diversas ações educativas para levar o conhecimento sobre arte e cultura para a população, sempre se preocupando em promover acessibilidade.

E quando falamos em acessbilidade nos museus, precisamos compreender que não se trata de criar ambientes  exclusivos  para  pessoas  com  deficiência  ou  utilizar  certos  recursos apenas  para  elas, e sim elaborar  alternativas  que  universalizem  o  acesso, como um  direito  constitucional, à  fruição  e  à  produção  cultural,  às  artes,  à  memória  e ao  conhecimento  para  o  exercício  pleno  da  cidadania.

Parceria Mabe/Apae

Por acreditar nessa inclusão, o Mabe articulou uma ação educativa em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Belém para que os alunos pudessem apreciar e aprender com a exposição “O Verde de Belém no Acervo Mabe”, que ocorre até o dia 30 de outubro no Solar da Beira.

Durante a visita, os alunos puderam observar as obras expostas e aprender sobre o contexto histórico e cultural de Belém nos séculos XIX e XX, principalmente no que diz respeito à arborização da cidade. Em um segundo momento, eles foram convidados a fazer uma atividade artística sobre a exposição. 

A diretora do Mabe, Christiane Santos, explica que pensar uma exposição é praticar ativamente a comunicação dos museus, e essa comunicação deve considerar as diferentes realidades vividas pela sociedade.

“Esta ação com a Apae nos possibilitou trabalhar em conjunto para criar uma comunicação entre os alunos, a arte, o Museu de Arte de Belém e a nossa cidade, pois o museu deve democratizar o acesso para que o conhecimento sobre a memória e a cultura de Belém seja cada vez mais difundido”, ressalta a diretora do Mabe.

Democratização do acesso à cultura

No total, 22 alunos puderam desfrutar de uma imersão cultural com vista privilegiada proporcionada pelas tradicionais janelas do Solar da Beira.

Para Silvana Saldanha, professora de artes da Apae Belém, durante muito tempo o acesso a espaços culturais para pessoas com deficiência era bastante limitado.

“Por vários anos, as pessoas com deficiência estiveram à margem desses espaços, por isso essas pessoas não criaram o hábito de frequentar esses espaços pela cidade. Por isso, esse tipo de programação dá a oportunidade para uma educação estética e assim esses alunos podem ampliar a sua visão de mundo”, enfatizou Silvana.

Familiares dos alunos também participaram da programação e acompanharam as atividades de perto. “Eu fico muito feliz quando meu filho consegue participar de ações como essa. A alegria dele é muito grande e ele fica falando sobre isso durante vários dias. A Apae e o museu estão de parabéns e devem continuar com essas programações para que mais crianças com deficiência possam participar”, afirmou Solange Gomes, mãe de um aluno da Apae.