Em 24 de abril de 1912 inaugurava em Belém a sala de cinema Olympia. Época do cinema mudo, o espaço atravessou vários momentos da história cinematográfica nacional e internacional. Este ano, o Olympia comemora 98 anos e está em pleno funcionamento, sendo o mais antigo do Brasil que continua exibindo a sétima arte.
A história de sucesso no ramo da cinematografia em Belém teve seu início em 1911, com a construção da sala de cinema. No início do século XX, em virtude do intercâmbio econômico com a Europa e Estados Unidos, por conta das exportações da borracha, a capital paraense sofria também uma forte influência cultural. Nesse contexto dos tempos áureos da belle époque, o Olympia foi mais uma das realizações que inseminavam o requinte da cultura européia no centro da cidade. Inaugurado em 24 de abril de 1912, no auge do cinema mudo, a sala era considerada uma das melhores, mais luxuosas e modernas de seu tempo.
Quando o Grupo Severiano Ribeiro, então proprietário da sala, anunciou que fecharia as portas do Olympia, em 12 de fevereiro de 2006, a cena cultural da cidade sofreu um duro golpe. A população se uniu a artistas e produtores para tentar manter o espaço de projeção aberto. A Prefeitura de Belém entrou na briga e assinou o contrato de locação do prédio. A atual gestão municipal recuperou o Espaço Olympia com obras realizadas sob a direção do Departamento de Patrimônio Histórico da Fumbel. O prédio ganhou fachada revitalizada, nova pintura e revisão da cobertura, de instalações e da estrutura hidráulica.
A extensa história de sucesso do cinema brasileiro mais antigo em funcionamento, ainda, desenvolveu o Projeto “A Escola vai ao Cinema”. O obejtivo é levar os encantos e conhecimentos da sétima arte aos alunos de escolas públicas, que tem programação diferenciada, com cunho pedagógico, visando à formação cultural do público estudantil.
Atualmente, além de fomentar conhecimento, cultura e lazer com a exibição de grandes títulos do cinema nacional e internacional, o Espaço Olympia também é palco para debates, simpósios, seminários e tudo o que a população em geral considerar relevante e necessite de uma infra-estrutura, como a da mais tradicional sala de exibições da cidade.