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Cinema Olympia comemora 112 anos com visita de produtores e gestores culturais

O Cinema Olympia completou 112 anos de história e tradição nesta quarta-feira, 24 de abril. Em alusão ao seu aniversário, a Prefeitura de Belém, por meio da Fumbel, em parceria com a ACCP – Associação dos Críticos de Cinema do Pará, realizou uma visita especial para verificar o andamento das obras e ressaltar a importância do cinema mais antigo do Brasil para a cultura paraense.

O evento contou a presença de um público importante do cenário cinematográfico belenense, com críticos, jornalistas, produtores, diretores de filmes e gestores públicos que tiveram suas vidas marcadas pelo tão famoso “Olympia”, que brevemente voltará a ser um equipamento cultural ativo à população.

Tradição – O pesquisador e crítico, Marco Antônio Moreira, esteve presente e ressaltou a importância do Olympia para a tradição de cinema de rua, que ainda permanece fortalecida em Belém.

“É importante valorizarmos o que este local representa culturalmente. Ele é um patrimônio histórico cultural afetivo de muitas pessoas da cultura paraense. Celebrar é importante e relembrar tudo o que aconteceu aqui. Estamos aqui para celebrar esta sala de cinema e os filmes que aqui passaram.  Estamos muito felizes com esta reforma e em breve sei que teremos o Olympia novinho em folha para contarmos mais histórias”, reforça o professor, Marco Antônio Moreira.

A comunidade no cinema – A servidora pública Nazaré Moraes, assumiu a gerência do Cinema Olympia em 2007, época em que foram desenvolvidos projetos como: “A escola vai ao cinema”, “A universidade vai ao cinema”  e “Curta Olympia”, que incentivavam a participação da comunidade e de estudantes nas atividades do cinema.

“A proposta sempre foi ocupar o cinema, não só à noite, mas durante o dia também. Conseguimos atingir um público de 100 mil estudantes, entre eles alunos de escola pública e particular, que começaram a frequentar o espaço para debater sobre os filmes. Havia uma necessidade de contar ao público como foi o cinema Olympia de 1912 a 1930, e toda sua tradição”, declara Nazaré Moraes, que hoje acompanha todas as etapas do cinema, atuando como técnica de projetos da Fumbel.

Resistência e Luta – Para Pedro Veriano, ex-presidente da Associação dos Críticos de Cinema do Pará, e Luzia Miranda, jornalista e crítica, o Cinema Olympia traz uma história de resistência e se torna símbolo de luta para a comunidade artística de Belém.  “Muitos lutaram anos atrás para que ele permanecesse aberto e pudesse estar hoje nessa nova fase sendo reformado. Fico feliz por saber que não deixaremos o cine morrer, ele sobreviveu e sempre sobreviverá”, enfatiza Pedro Veriano.

“O cinema Olympia é o percurso de pessoas que viveram em prol da arte. Nós fazemos parte da história cinematográfica da cidade. O cinema é importante pra vida, é a imagem que não nos deixa e fica permanente em nossa saudade”,  declara Luzia Miranda, crítica de cinema.

Um novo cinema – Segundo Ricardo Moraes, engenheiro civil responsável pela reforma, as obras estão avançando em bom ritmo para ser entregue à população no início de 2025.

“Nós realizamos essa visita para mostrar que a obra está em curso e explicar a importância dessa reforma que vai modernizar o predio sem perdas bruscas de suas características. Então, vamos ter como resultado, um cinema confortável, acessível e valorizado. Teremos uma grande sala de cinema, moderna e novas tecnologias”, confirma o Ricardo.

A requalificação do Cinema Olympia é uma realização da Prefeitura Municipal de Belém, por meio da FUMBEL, em parceria com o IPHAN, viabilizada por meio da Lei Rouanet do Ministério da Cultura. O projeto é coordenado pelo Instituto Pedra e tem Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Copatrocínio do Banco da Amazônia.

Texto:

Vagner Mendes