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Belém investe em arte e cultura para a promoção da saúde mental

Por muitos anos considerada um portal para exteriorizar as mais profundas sensações e sentimentos, a arte está cada vez mais presente em diversos tratamentos e terapias relacionadas à saúde mental. Baseada em pesquisas científicas que comprovam a importância da arte e da cultura na saúde mental, a Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) e da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), passará a promover atividades artísticas e culturais que buscam promover bem-estar físico, mental e social da população.

Para isso a Prefeitura está criando o primeiro Centro de Convivência e Cultura de Belém, que irá funcionar no Memorial dos Povos. O objetivo da iniciativa é gerar possibilidades de reabilitação psicossocial, inclusão dos usuários de saúde mental e geração de renda para esse público.

O Centro de Convivência e Cultura se constitui em uma unidade pública, articulada com as Redes de Atenção à Saúde, em especial com a Rede de Atenção Psicossocial (Raps), onde são oferecidos espaços de sociabilidade, produção e intervenção na cultura e na cidade, com atividades em grupo diversas e voltadas para crianças, adolescentes, adultos e idosos para fortalecer e assegurar a convivência comunitária e prevenir situações de riscos sociais e outros agravos.

Transformação pela arte e cultura

O processo de promoção, prevenção e cuidado em saúde mental requer um amplo leque de ações de articulações de redes intersetoriais, para além do plano meramente da saúde. Dentre os vários campos da vida em sociedade, o campo da arte e da cultura vem ao longo dos tempos se configurando como potente campo promotor de saúde mental.

“É importante frisar que os Centros de Convivência e Cultura são espaços propulsores de promoção de  saúde mental, assim como de reabilitação psicossocial, dessas pessoas que são usuárias dos serviços de saúde mental. Nesse momento com a Fumbel, inauguramos uma potente parceria para a área da saúde mental no município de Belém”, disse a coordenadora de saúde mental da Sesma, Ester Sousa.

Para Izabela Negrão, terapeuta ocupacional da rede de saúde mental de Belém há 16 anos, esse era um desejo antigo de trabalhadores e usuários de saúde mental:

“Os Centros possibilitam novas experiências de vida e de inclusão social para além dos muros dos serviços. Possibilita que a comunidade veja as pessoas com transtornos mentais circulando nos espaços públicos, consumindo cultura e arte, sendo felizes e lançando mão do direito à liberdade e à cidadania. Isso muda o olhar da sociedade e diminui o preconceito e a exclusão”.

Oportunidades

“Por meio de um Centro de Convivência e Cultura, transformaremos o Memorial dos povos, uma vez por semana, em um espaço onde as pessoas possam ter acesso a atividades lúdicas e culturais. Vamos utilizar o edital de credenciamento para dar apoio aos Centros de Atenção Psicossocial, os Caps,com oficinas e atividades para os pacientes. Além disso, vamos ofertar, nas nossas feiras culturais, espaços para que essas pessoas possam dar vazão ao seu artesanato”, explica o presidente da Fumbel, Michel Pinho.

O projeto também conta com a criação de um “passaporte cultural” para que usuários de saúde mental se incluam nos eventos culturais e artísticos da cidade através da comercialização dos produtos confeccionados pelos usuários. Assim, os pacientes terão uma barraquinha para a venda de artesanato e oportunidade de geração de renda.